segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Usar área pública pode? Pode.

Pode sim, a "puliça ambiental" diz que sim, ou será apenas para os amigos del rey?

Recebi da amiga Baby Siqueira Abrão o seguinte e-mail:
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Acabei de falar com o capitão Nyakas, chefe da divisão operacional do comando da Polícia Ambiental de São Paulo, e fui informada de que, em função da carta-queixa do Roberto Zullino, será realizada nova fiscalização nas obras do Serrano. Ele também vai apurar: a) por que a resposta à reclamação do Movimento Granja Viva não foi encaminhada quando da primeira fiscalização (datada de 12/6/2007!!!); b) por que a primeira fiscalização reportou informações que não correspondem aos fatos.
Também entrei em contato com o DAEE, mas só amanhã eles poderão averiguar o assunto. Pelo teor da mensagem da polícia, está claro que a intervenção do Serrano não tem o necessário termo de outorga do DAEE.
Um abraço,
Baby

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Minha cara Baby,
Essa máquina governamental é no mínimo estranha mesmo. Trocam o "urgente" pelo "importante". Agora vão sair batendo cabeças durante um tempinho para justificar as sinecuras, mas não vão resolver nada, deviam ter vergonha.
O capitão Nyakas é engenheiro? Tem engenheiro na Polícia Ambiental? Se tiver, o mesmo está capacitado para fazer vistorias, tem equipamentos?
A bem da verdade, nem precisa de engenheiro para constatar a usurpação do bem público. A Polícia Ambiental que usou a "idade das construções" para justificar a não tomada de providências em relação ao uso da área sobre o córrego, área pública. Ao invés de agir optou por sair defendendo infratores, tudo em segredo, só nos informou em Janeiro uma coisa de Junho. São "ixpertos", não?
Como se "idade das construções" justicasse roubo. Além do crime ambiental temos a usurpação de área e o órgão policial nada faz. Nem um mísero inquérito para que o MP possa requerer a reintegração de posse da área.
Nova vistoria para quê? É público e notório que o Supermercado Serrano está usando área pública, a área sobre o córrego. A Polícia Ambiental constatou isso e ao invés de retirar o invasor saiu defendendo o criminoso.
Os caras tiram uma enorme mangueira e ninguém vê e se vê nada faz. Temos aqui a aplicação do velho ditado romano, as coisas não mudam mesmo: "E quem policia a polícia?"
O vendeiro lusitano tem feito o que quer e o que não quer das leis, do estado, da educação, do meio ambiente, um belo exemplo. Gostaria de saber se em nossa santa terrinha o mesmo poderia fazer o que quer e o que não quer. Vou perguntar ao consul isso. Tudo em um lugar de gente abastada, cheio de ambientalistas e a 20 km do Palácio dos Bandeirantes.
É evidente que os aspectos ambientais são a coisa mais importante deste século e estamos entregues a néscios. Depois que não se reclame dos desastres.
Agora arrumaram mais um na história, o DAEE, só rindo mesmo. Essa é a técnica, arruma-se mais um para ajudar a não fazer nada.
[]s

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